Lembro que este
blog trata dos mais variados assuntos corais, então, aproveito uma bela peça
musical para observar como um erro de pronúncia pode sacrificar todo um
trabalho vocal.
Segui, há alguns
meses atrás, uma discussão sobre um erro de pronúncia terrível, o qual havia
sido cometido pelo coro da Universidade de Utah ao interpretar a peça Pange
Lingua, de György Orban. Um pretenso conhecedor de música coral chamou a
atenção para o fato do coro não seguir a norma geral de se pronunciar “panje”,
o que era estranho já que “pangue” está mais próximo do latim restaurado, nem
sempre aceito por aqueles que cantam. A questão é imaginar como uma peça como
esta, pensada para enfatizar o movimento rítmico, soaria se a pronúncia fosse a
do latim tradicional. Observem, então, como se deve cantar este Pange
(Pangue) Lingua.
Em tempo: György
Orbán nasceu em 1947 na Romênia. Em 1979 se mudou para a Hungria, onde mora até
hoje, trabalhando como editor musical e ensinando na Academia de Música Franz
Liszt, em Budapeste. Compôs mais de uma centena de obras: música sacra coral,
com e sem orquestra; obras orquestrais; e música de câmera.
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