Gostaria de continuar o assunto
referido no post de ontem, pois acredito que uma boa discussão sobre este poderia
nos renovar, ou acelerar a renovação. A princípio, pode parecer que estou
criticando, puramente, os muitos corais que se apresentaram em um evento, o que
não é verdade, mas a própria realidade do que vivemos.
Em outras épocas, vivíamos uma
situação muito interessante, na formação de cantores de coro, onde um cantor
tinha a oportunidade de progredir em vários corais do estado e da capital.
Havia como buscar sempre um coro que propiciasse a ele uma ascensão. Os
objetivos finais eram o Ars Nova e/ou o Madrigal Renascentista. E quantos coros
eram referencia: Usiminas, Júlia Pardini, Copasa, Assefaz, para citar alguns. E
estes coros deixaram de ser referência? Não. Mas, perguntem aos seus maestros
qual é a dificuldade atual de se conseguir cantores com experiência para darem
sequência aos seus trabalhos.
Sobre certos aspectos, não existe
mais a escada de outros tempos. Os novos cantores não pretendem uma evolução,
mas, na maioria das vezes, um bom porto de lazer. Generalização? Gostaria que
fosse. Some-se a isto a questão de que aqueles cantores que descobrem terem
boas vozes procuram imediatamente professores de técnica vocal, sonhando com
futuros como cantores solistas. Isto é ruim? Não. Ruim é quando um professor
desestimula este cantor a participar de coros, dizendo que isto estragará a sua
voz. Enfim, como seria bom uma discussão generalizada sobre o assunto, não?
Nenhum comentário:
Postar um comentário