sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Por que coros tão ruins? (2)


Gostaria de continuar o assunto referido no post de ontem, pois acredito que uma boa discussão sobre este poderia nos renovar, ou acelerar a renovação. A princípio, pode parecer que estou criticando, puramente, os muitos corais que se apresentaram em um evento, o que não é verdade, mas a própria realidade do que vivemos.

Em outras épocas, vivíamos uma situação muito interessante, na formação de cantores de coro, onde um cantor tinha a oportunidade de progredir em vários corais do estado e da capital. Havia como buscar sempre um coro que propiciasse a ele uma ascensão. Os objetivos finais eram o Ars Nova e/ou o Madrigal Renascentista. E quantos coros eram referencia: Usiminas, Júlia Pardini, Copasa, Assefaz, para citar alguns. E estes coros deixaram de ser referência? Não. Mas, perguntem aos seus maestros qual é a dificuldade atual de se conseguir cantores com experiência para darem sequência aos seus trabalhos.

Sobre certos aspectos, não existe mais a escada de outros tempos. Os novos cantores não pretendem uma evolução, mas, na maioria das vezes, um bom porto de lazer. Generalização? Gostaria que fosse. Some-se a isto a questão de que aqueles cantores que descobrem terem boas vozes procuram imediatamente professores de técnica vocal, sonhando com futuros como cantores solistas. Isto é ruim? Não. Ruim é quando um professor desestimula este cantor a participar de coros, dizendo que isto estragará a sua voz. Enfim, como seria bom uma discussão generalizada sobre o assunto, não?

Um comentário:

  1. Bacana! Eu não tinha esse conhecimento da referida progressão de um cantor por escala de corais. Li há uns 30 dias atrás que o Ars Nova está voltando e que há uma seleção para os futuros cantores. Achei interessante, pois alem de vagas para profissionais, também abriram para leigos. Lendo o seu post e considerando que a vida e os fatos costumam ser cíclicos, indago se esta antiga progressão poderia voltar? :)

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