Vou mudar o título, já que a minha
intenção não é criar polêmica para destruir, mas para chamar todo mundo à
ordem. Então, por que tivemos uma tradição de coros tão bons? Em primeiro
lugar, porque temos uma tradição de música vocal em conjunto que vem do século
XVIII. Segundo, porque coros foram formados ao longo da segunda metade do
século XX, tendo outros coros que os sustentavam, como uma verdadeira corrente
de formação.
Onde nos perdemos? Ou não nos
perdemos? Eu prefiro acreditar que uma tradição não se perde, está em estado latente em algum
lugar. Não é muito diferente do nosso futebol, tão rico, e que estão esquecido
pelos dirigentes, em algum lugar. E por falar em dirigentes, aí é direcionada a
minha crítica. Costumo dizer, aos mais novos, que por trás (à frente) de coros
mal orientados há sempre um mal regente. Mal músico? Nem sempre, mas, mal
regente (de coro).
Ora, o coro é um instrumento, o qual
deve ser trabalhado, construído, afinado. É um trabalho árduo, que demanda anos
e objetivo. Há que ter planejamento para o mesmo e não pode ser uma cópia de
outro que existe em alguma ilha perdida, divulgado pela internet, nem pode ter
a sonoridade de um outro europeu, do qual a única referência é uma gravação
linda de uma Missa de Mozart!!!
O Madrigal Renascentista foi criado
para cantar um repertório que ninguém conhecia por aqui. Virou uma referência
em outro, mas continuou com o nome. Segundo a Malinha, uma das cantoras da
fundação do coro, as peças renascentistas que eles cantavam, no princípio, se
assemelhavam a Brahms. Cumpriram seu papel? Não há dúvida. Vamos lá, amanhã tem
mais.
O vídeo de hoje é uma homenagem a dois
cantores que saíram de um coro. Para quem não sabe, os dois foram cantores do
Madrigal Renascentista:
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