Em 2010 eu comentava com o Alexandre
Neto, coordenador do Coral BDMG naquela época, sobre a problemática da seleção
dos coros que deveriam se apresentar no projeto 4 cantos na praça daquele ano,
sendo que o assunto ainda é pertinente neste 2013, embora eu consiga observar
uma melhora acentuada dos conjuntos e no movimento. Este projeto já acontece há
19 anos, ininterruptos, sempre com 3 convidados cantando com o Coral BDMG. Com
o passar dos anos, temos observado o declínio dos corais, no que se refere à
qualidade, e cada vez fica mais difícil uma seleção na qual se tenha a certeza
que teremos uma boa apresentação para o nosso público.
Aqueles que me conhecem sabem que eu
tenho pavor dos concursos corais que só objetivam uma segregação, pois acredito
que um movimento desta natureza, acontecido em Belo Horizonte na década de
1990, é que nos deixou na situação em que estamos. Junte a isto os benditos
encontros de corais de natureza turística, onde uma cidade promove um encontro
no qual oferece alguns lugares para o coro se apresentar e este paga todas as
despesas de passeio. Lindo, mas que, na grande maioria das vezes, não agregam
nada ao processo evolutivo do coro.
Ora, Belo Horizonte, e Minas Gerais,
sempre primaram pelos bons coros, por uma tradição. Nunca vi tantos coros por
aqui, mas, ao mesmo tempo, nunca tantos tão ruins. Culpa dos coros? Não. Em
minha opinião, culpa dos regentes, mal formados, ou formados em outras
competências, e que acham muito fácil trabalhar com vozes.
Meu espaço é curto para cada dia,
mas eu continuarei com esta discussão. Aqueles que quiserem participar e
discutir são muito bem vindos.
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