quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Por que coros tão ruins?


Em 2010 eu comentava com o Alexandre Neto, coordenador do Coral BDMG naquela época, sobre a problemática da seleção dos coros que deveriam se apresentar no projeto 4 cantos na praça daquele ano, sendo que o assunto ainda é pertinente neste 2013, embora eu consiga observar uma melhora acentuada dos conjuntos e no movimento. Este projeto já acontece há 19 anos, ininterruptos, sempre com 3 convidados cantando com o Coral BDMG. Com o passar dos anos, temos observado o declínio dos corais, no que se refere à qualidade, e cada vez fica mais difícil uma seleção na qual se tenha a certeza que teremos uma boa apresentação para o nosso público.

Aqueles que me conhecem sabem que eu tenho pavor dos concursos corais que só objetivam uma segregação, pois acredito que um movimento desta natureza, acontecido em Belo Horizonte na década de 1990, é que nos deixou na situação em que estamos. Junte a isto os benditos encontros de corais de natureza turística, onde uma cidade promove um encontro no qual oferece alguns lugares para o coro se apresentar e este paga todas as despesas de passeio. Lindo, mas que, na grande maioria das vezes, não agregam nada ao processo evolutivo do coro.

Ora, Belo Horizonte, e Minas Gerais, sempre primaram pelos bons coros, por uma tradição. Nunca vi tantos coros por aqui, mas, ao mesmo tempo, nunca tantos tão ruins. Culpa dos coros? Não. Em minha opinião, culpa dos regentes, mal formados, ou formados em outras competências, e que acham muito fácil trabalhar com vozes.

Meu espaço é curto para cada dia, mas eu continuarei com esta discussão. Aqueles que quiserem participar e discutir são muito bem vindos.

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