quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Pueri Cantores


“Meninos cantores” são uma tradição antiga, ligados às igrejas (católica e protestantes). Sempre tiveram um papel importante na história da música, já que os coros de igreja, desde a idade média, eram formados pelos jovens postulantes a monges. (Lembro que mulheres só foram autorizadas a cantarem nas igrejas, com restrições, a partir do século XVIII.)

A partir do século XII, sua importância aumenta já que a música polifônica demanda vozes agudas para que haja separações bem distintas de naipes. O problema é que a vida útil de um menino cantor é curta, ou seja, vai dos sete anos até a puberdade, com a mudança de voz, o que raramente passa dos dezesseis anos de idade. É a Igreja Católica que, através de padres que tiveram contato com muçulmanos no sul da Espanha, quem descobrem o processo da castração, a qual, se realizada antes da mudança, podia manter a voz do menino. Como descobriram? Os eunucos, responsáveis pela vigilância dos haréns dos califas, tinham voz fina, porque eram castrados.

Felizmente a castração foi proibida há muito tempo, mas os corais de meninos são muitos, sendo vários deles de qualidade excepcional. Os jovens cantores têm formação musical completa, executando peças complexas sem muita dificuldade. No Brasil, há um bom número de coros de Meninos Cantores, sendo que, de algum tempo para cá, meninas também são aceitas neste mundo até então exclusivos de homens. Santa mudança!!! Nas proximidades de Belo Horizonte, destaco: Os Canarinhos de Itabirito, O Coral Mater Eclesiae (Santa Luzia), os Rouxinóis de Divinópolis e o Coral D. Silvério (Sete Lagoas).

Querem ver do que os meninos são capazes? Pasmem:
Tölzer Knabenchor:


Solista:


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