“Meninos cantores”
são uma tradição antiga, ligados às igrejas (católica e protestantes). Sempre
tiveram um papel importante na história da música, já que os coros de igreja,
desde a idade média, eram formados pelos jovens postulantes a monges. (Lembro
que mulheres só foram autorizadas a cantarem nas igrejas, com restrições, a
partir do século XVIII.)
A partir do século
XII, sua importância aumenta já que a música polifônica demanda vozes agudas
para que haja separações bem distintas de naipes. O problema é que a vida útil
de um menino cantor é curta, ou seja, vai dos sete anos até a puberdade, com a
mudança de voz, o que raramente passa dos dezesseis anos de idade. É a Igreja
Católica que, através de padres que tiveram contato com muçulmanos no sul da
Espanha, quem descobrem o processo da castração, a qual, se realizada antes da
mudança, podia manter a voz do menino. Como descobriram? Os eunucos,
responsáveis pela vigilância dos haréns dos califas, tinham voz fina, porque
eram castrados.
Felizmente a
castração foi proibida há muito tempo, mas os corais de meninos são muitos,
sendo vários deles de qualidade excepcional. Os jovens cantores têm formação
musical completa, executando peças complexas sem muita dificuldade. No Brasil,
há um bom número de coros de Meninos Cantores, sendo que, de algum tempo para
cá, meninas também são aceitas neste mundo até então exclusivos de homens.
Santa mudança!!! Nas proximidades de Belo Horizonte, destaco: Os Canarinhos de
Itabirito, O Coral Mater Eclesiae (Santa Luzia), os Rouxinóis de Divinópolis e
o Coral D. Silvério (Sete Lagoas).
Querem ver do que
os meninos são capazes? Pasmem:
Tölzer Knabenchor:
Solista:
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