quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O coro da trilha de Harry Potter


Sempre apresento alguns coros do mundo os quais considero referências em vários segmentos, sejam coros adultos ou infantis. No final do ano de 2012, cantamos uma peça de natal, de origem ucraniana, e que está inserido num dos filmes do mago Harry Potter. Apresento, com esta peça, o Schola Cantorum, um dos melhores coros de meninos da Inglaterra, o qual participou da trilha sonora do filme.

O Schola Cantorum é o coro litúrgico da Cardinal Vaughan Memorial School, uma das mais importantes escolas secundárias católicas da Inglaterra. Apesar de não ser um coro de longa idade, como vários coros ingleses de crianças, foi montado para ser um coro de referência. É dirigido por Charles Cole, que foi corista do Coro da Catedral de Westminster, e que também rege o London Oratory Junior Choir.

O coro gravou parte da trilha sonora do filme recente “As aventuras de Pi”.

O Schola Cantorum:


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O Jesu Christe - Jacquet van Berchem


Estamos ensaiando esta bela peça. Aproveito para trazer algumas informações sobre este compositor pouco falado aqui no Brasil.

Jacquet de Berchem (também conhecido como Giachet (to) Berchem ou Jakob van Berchem, (1505 (?) - 1567) foi um compositor franco-flamengo do Renascimento, que trabalhou ativamente na Itália. Ele era famoso em meados de 16 do século, na Itália, por seus madrigais, sendo que aproximadamente 200 deles foram impressos em Veneza, alguns em várias edições devido à sua popularidade considerável. Como prova de sua grande fama na época, ele é listado por Rabelais em “Gargantua e Pantagruel” como um dos músicos mais famosos da época, e a música impressa para um de seus madrigais aparece em uma pintura de Caravaggio (O tocador de alaúde).


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Uma questão de pronúncia


Lembro que este blog trata dos mais variados assuntos corais, então, aproveito uma bela peça musical para observar como um erro de pronúncia pode sacrificar todo um trabalho vocal.

Segui, há alguns meses atrás, uma discussão sobre um erro de pronúncia terrível, o qual havia sido cometido pelo coro da Universidade de Utah ao interpretar a peça Pange Lingua, de György Orban. Um pretenso conhecedor de música coral chamou a atenção para o fato do coro não seguir a norma geral de se pronunciar “panje”, o que era estranho já que “pangue” está mais próximo do latim restaurado, nem sempre aceito por aqueles que cantam. A questão é imaginar como uma peça como esta, pensada para enfatizar o movimento rítmico, soaria se a pronúncia fosse a do latim tradicional. Observem, então, como se deve cantar este Pange (Pangue) Lingua.

Em tempo: György Orbán nasceu em 1947 na Romênia. Em 1979 se mudou para a Hungria, onde mora até hoje, trabalhando como editor musical e ensinando na Academia de Música Franz Liszt, em Budapeste. Compôs mais de uma centena de obras: música sacra coral, com e sem orquestra; obras orquestrais; e música de câmera.



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Divulgação de uma importante monografia


Na última segunda-feira, dia 18/02, nos lembramos, no meio musical, de um maestro extremamente importante para Belo Horizonte e para muitos de nós que tivemos a oportunidade de convivermos um pouco com ele, e que faleceu neste dia, no ano de 2001: Sergio Magnani. No meu caso, tive a honra de conviver com ele como aluno, sendo que o Maestro foi meu grande mestre, do qual pude absorver uma série de informações que carrego comigo ao longo dos anos, e sempre que posso falo um bocado sobre este músico especialíssimo. No entanto, sempre foi difícil encontrar referências bibliográficas sobre Magnani, pois poucas pessoas se preocuparam em divulgar informações a seu respeito ao longo de sua vida, e nem ele próprio se propôs a escrever memórias.

Para minha felicidade, uma ex-professora muito querida, Maria Lígia Becker, fez a sua monografia de mestrado justamente sobre Magnani e sua influência no meio musical de Belo Horizonte. Um trabalho muitíssimo bem escrito e surpreendente, inclusive, porque mostra peças de autoria do maestro, afirmando, veridicamente, que poucas pessoas, inclusive alunos seus, não conheciam o lado compositor deste grande músico. Tendo entrevistado uma boa quantidade de músicos que conheceram Magnani, Lígia conseguiu montar uma excelente biografia que será uma referência para todos aqueles que carregam consigo a semente dos ensinamentos do maestro.

A monografia está disponibilizada na internet e convido a todos a lerem este importantíssimo trabalho de referência. Muito obrigado, Lígia Becker.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Os compositores do norte


Tenho tentado estimular os nossos compositores a escreverem para coro, mas sempre pedindo que observem o que é a linguagem específica de coro. Novas composições aparecem, mas, ou são escritas de modo que até um computador teria dificuldade em decifrá-la, ou retrata um pensamento altamente subjetivo de quem escreve o qual não convence nem o coro executante, muito menos o público que assiste. Neste sentido, os compositores do norte estão à frente, pois, além de terem a tradição coral como um dos seus pontos fortes, dominam a técnica de escrita para coro.

Muitos são os compositores norte-americanos e do norte da Europa que se dedicam à música coral, já que a tradição deste tipo de música é forte, tendo associações fortes e organizadas. Anualmente, um grande número de peças são encomendadas e executadas por diversos grupos. Tonalismo, modalismo, atonalismo, serialismo, várias maneiras de pensar a música são abordados, sem a preocupação de uma unicidade e de que uma delas deve representar uma contemporaneidade, mas sim a preocupação de fazer representar e fazer ouvir o instrumento coral.

Doravante indicarei alguns bons coros e compositores novos como sugestão de audições. Um bom compositor americano, de decendência dinamarquesa, é Morten Lauridsen, sendo “O magnum mysterium” uma das peças mais conhecidas. O Nordic Chamber Choir é uma preciosidade.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Pueri Cantores


“Meninos cantores” são uma tradição antiga, ligados às igrejas (católica e protestantes). Sempre tiveram um papel importante na história da música, já que os coros de igreja, desde a idade média, eram formados pelos jovens postulantes a monges. (Lembro que mulheres só foram autorizadas a cantarem nas igrejas, com restrições, a partir do século XVIII.)

A partir do século XII, sua importância aumenta já que a música polifônica demanda vozes agudas para que haja separações bem distintas de naipes. O problema é que a vida útil de um menino cantor é curta, ou seja, vai dos sete anos até a puberdade, com a mudança de voz, o que raramente passa dos dezesseis anos de idade. É a Igreja Católica que, através de padres que tiveram contato com muçulmanos no sul da Espanha, quem descobrem o processo da castração, a qual, se realizada antes da mudança, podia manter a voz do menino. Como descobriram? Os eunucos, responsáveis pela vigilância dos haréns dos califas, tinham voz fina, porque eram castrados.

Felizmente a castração foi proibida há muito tempo, mas os corais de meninos são muitos, sendo vários deles de qualidade excepcional. Os jovens cantores têm formação musical completa, executando peças complexas sem muita dificuldade. No Brasil, há um bom número de coros de Meninos Cantores, sendo que, de algum tempo para cá, meninas também são aceitas neste mundo até então exclusivos de homens. Santa mudança!!! Nas proximidades de Belo Horizonte, destaco: Os Canarinhos de Itabirito, O Coral Mater Eclesiae (Santa Luzia), os Rouxinóis de Divinópolis e o Coral D. Silvério (Sete Lagoas).

Querem ver do que os meninos são capazes? Pasmem:
Tölzer Knabenchor:


Solista:


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Carlos Alberto Pinto Fonseca


Carlos Alberto Pinto Fonseca continua sendo um dos nossos maiores compositores. Dono de uma técnica de regência reconhecida por músicos do Velho Mundo, CAPF foi também um excepcional compositor e arranjador para coro. Falecido em 2006, começa a entrar no rol dos esquecidos, já que ninguém cita, nem executa suas obras. Alguém sabe me dizer por que?

Se é por desconhecimento dos mais novos, cito algumas das peças do maestro:
- Missa Afro (sua peça principal, composta em 1971. Longa, exuberante, escrita em latim e português);
- Arranjos com temas brasileiros: Muié rendera, Sambalele, Vassourinhas, Amo-te muito, Galo garnizé;
- composições com temas de candomblé: Jubiabá, Iemanjá, Xangô.

Foi com Muié Rendêra que nós conquistamos o público de Barcelona, mas há outras peças de CAPF, sendo que o Galo Garnizé é uma das nossa preferidas. Ouçam a peça cantada pelo Ars Nova, sob a regência do próprio compositor:
Ouçam Galo Garnizé e Jubiabá:


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A técnica vocal no coro, ou Por que coros tão ruins? (3)


Ainda é usual, no Brasil, a idéia de que o maestro de coro tem que acumular todas as funções relativas à preparação dos cantores, desde o ensino técnico vocal, passando pelo ensino teórico de música, até o trabalho musical propriamente dito. Claro que isto se deve ao fato de que o dinheiro é escasso para a divisão entre vários profissionais que poderiam trabalhar especificamente cada aspecto. Porém, é chegado o tempo da especificidade e cada coro tem que pensar muito bem seu orçamento, de modo que os cantores recebam a orientação necessária para o funcionamento correto do coro.

A questão é: e se o maestro não tiver sido, nunca, um cantor de coro? Mais. E se o maestro nunca tiver cantado na sua vida? Como trabalhar musicalmente qualquer obra coral se o aspecto básico da execução não existe na cabeça deste maestro? Perguntarão: mas um maestro de orquestra não sabe executar todos os instrumentos de orquestra. Ao que eu sou obrigado a responder como fazia Sergio Magnani: mas o maestro de orquestra não deveria executar pelo menos um instrumento? Ou esta necessidade não existe? Então, pensando no coro, se os naipes de coro são como naipes de orquestra, o maestro não deveria saber cantar em pelo menos um?

Mas, partamos da idéia de que um maestro de coro não tem o devido conhecimento técnico vocal, como resolver isto? Simples. Há que se ter um preparador vocal parceiro, alguém que conheça das questões de coro e saiba, além de trabalhar os cantores individualmente, igualar os naipes timbristicamente. 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Por que coros tão bons?


Vou mudar o título, já que a minha intenção não é criar polêmica para destruir, mas para chamar todo mundo à ordem. Então, por que tivemos uma tradição de coros tão bons? Em primeiro lugar, porque temos uma tradição de música vocal em conjunto que vem do século XVIII. Segundo, porque coros foram formados ao longo da segunda metade do século XX, tendo outros coros que os sustentavam, como uma verdadeira corrente de formação.

Onde nos perdemos? Ou não nos perdemos? Eu prefiro acreditar que uma tradição não  se perde, está em estado latente em algum lugar. Não é muito diferente do nosso futebol, tão rico, e que estão esquecido pelos dirigentes, em algum lugar. E por falar em dirigentes, aí é direcionada a minha crítica. Costumo dizer, aos mais novos, que por trás (à frente) de coros mal orientados há sempre um mal regente. Mal músico? Nem sempre, mas, mal regente (de coro).

Ora, o coro é um instrumento, o qual deve ser trabalhado, construído, afinado. É um trabalho árduo, que demanda anos e objetivo. Há que ter planejamento para o mesmo e não pode ser uma cópia de outro que existe em alguma ilha perdida, divulgado pela internet, nem pode ter a sonoridade de um outro europeu, do qual a única referência é uma gravação linda de uma Missa de Mozart!!!

O Madrigal Renascentista foi criado para cantar um repertório que ninguém conhecia por aqui. Virou uma referência em outro, mas continuou com o nome. Segundo a Malinha, uma das cantoras da fundação do coro, as peças renascentistas que eles cantavam, no princípio, se assemelhavam a Brahms. Cumpriram seu papel? Não há dúvida. Vamos lá, amanhã tem mais.

O vídeo de hoje é uma homenagem a dois cantores que saíram de um coro. Para quem não sabe, os dois foram cantores do Madrigal Renascentista:



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Por que coros tão ruins? (2)


Gostaria de continuar o assunto referido no post de ontem, pois acredito que uma boa discussão sobre este poderia nos renovar, ou acelerar a renovação. A princípio, pode parecer que estou criticando, puramente, os muitos corais que se apresentaram em um evento, o que não é verdade, mas a própria realidade do que vivemos.

Em outras épocas, vivíamos uma situação muito interessante, na formação de cantores de coro, onde um cantor tinha a oportunidade de progredir em vários corais do estado e da capital. Havia como buscar sempre um coro que propiciasse a ele uma ascensão. Os objetivos finais eram o Ars Nova e/ou o Madrigal Renascentista. E quantos coros eram referencia: Usiminas, Júlia Pardini, Copasa, Assefaz, para citar alguns. E estes coros deixaram de ser referência? Não. Mas, perguntem aos seus maestros qual é a dificuldade atual de se conseguir cantores com experiência para darem sequência aos seus trabalhos.

Sobre certos aspectos, não existe mais a escada de outros tempos. Os novos cantores não pretendem uma evolução, mas, na maioria das vezes, um bom porto de lazer. Generalização? Gostaria que fosse. Some-se a isto a questão de que aqueles cantores que descobrem terem boas vozes procuram imediatamente professores de técnica vocal, sonhando com futuros como cantores solistas. Isto é ruim? Não. Ruim é quando um professor desestimula este cantor a participar de coros, dizendo que isto estragará a sua voz. Enfim, como seria bom uma discussão generalizada sobre o assunto, não?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Por que coros tão ruins?


Em 2010 eu comentava com o Alexandre Neto, coordenador do Coral BDMG naquela época, sobre a problemática da seleção dos coros que deveriam se apresentar no projeto 4 cantos na praça daquele ano, sendo que o assunto ainda é pertinente neste 2013, embora eu consiga observar uma melhora acentuada dos conjuntos e no movimento. Este projeto já acontece há 19 anos, ininterruptos, sempre com 3 convidados cantando com o Coral BDMG. Com o passar dos anos, temos observado o declínio dos corais, no que se refere à qualidade, e cada vez fica mais difícil uma seleção na qual se tenha a certeza que teremos uma boa apresentação para o nosso público.

Aqueles que me conhecem sabem que eu tenho pavor dos concursos corais que só objetivam uma segregação, pois acredito que um movimento desta natureza, acontecido em Belo Horizonte na década de 1990, é que nos deixou na situação em que estamos. Junte a isto os benditos encontros de corais de natureza turística, onde uma cidade promove um encontro no qual oferece alguns lugares para o coro se apresentar e este paga todas as despesas de passeio. Lindo, mas que, na grande maioria das vezes, não agregam nada ao processo evolutivo do coro.

Ora, Belo Horizonte, e Minas Gerais, sempre primaram pelos bons coros, por uma tradição. Nunca vi tantos coros por aqui, mas, ao mesmo tempo, nunca tantos tão ruins. Culpa dos coros? Não. Em minha opinião, culpa dos regentes, mal formados, ou formados em outras competências, e que acham muito fácil trabalhar com vozes.

Meu espaço é curto para cada dia, mas eu continuarei com esta discussão. Aqueles que quiserem participar e discutir são muito bem vindos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Barcelona (8)


Então chegou o momento da apresentação de todos os corais no Teatro de Girona. Uma maravilha de teatro, com uma acústica perfeita. Aliás, cantamos na sala de câmera, que é uma cópia em miniatura da sala principal, à qual não tivemos acesso, o que foi uma pena. Fomos colocados como último coro a se apresentar, talvez pelas boas performances e pela certeza, deles, que cantaríamos as peças de maior brilho do nosso programa (Angél, nosso guia, “sugeriu” discretamente que cantássemos “Muié rendêra”e “Tico-tico no fubá”). Assim o fizemos.

Lá estavam coros, além da Espanha, da Noruega, Suiça, Chipre e Honduras, todos se apresentando muito bem peças dos seus países e do repertório universal. Estávamos tensos e cansados, mas tivemos a ajuda involuntária do mestre de cerimônias para quebrar o nosso nervosismo: na apresentação das peças, quando já estávamos no palco, ele pronunciou “Tico-tico no fúba", no que foi repreendido por várias das pessoas que assistiam. Esta peça é conhecida no mundo inteiro e gafe não foi perdoada. Depois de risos generalizados, já estávamos à vontade, pois nos sentíamos acolhidos pela platéia. A apresentação foi um sucesso. Fechamos nossa cantoria na Europa com chave de ouro e a felicidade era enorme, pois superamos em muito nossas melhores expectativas.

O restante da viagem não entrará nesta descrição, pois foram momentos comuns a todo viajante, ou seja, mais um dia para umas comprinhas, visita a um museu ou à maravilhosa Casa Batlò, ou ao Camp Nou do Barcelona, etc. E assim foram nossas andanças lá pela Espanha. Resultado maior: um coro muito mais integrado e experiente. Valeu demais!!!



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Barcelona (7)


21 de outubro, dia de embarcar para Girona, cidade situada no nordeste da Catalhunha, onde teríamos o último dos concertos, o fechamento da programação Barcelona Cantate. Mas antes, lá fomos nós visitarmos a cidade que é para qualquer brasileiro um objeto de espanto, pois por toda parte se vêem construções que foram erguidas, pelo menos, duzentos, trezentos anos antes do descobrimento do nosso país. A sensação é estranha, no mínimo. Belíssima, empolgante, organizada, limpa (com direito a perdermos uma turma de cantores pelas ruas estreitas da cidade). Um maravilhoso começo de dia, que nos preparava para o que viria no período da tarde...






quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Barcelona (6)


Como são lindas as igrejas de Barcelona, pelo menos as que conhecemos. Mesmo a de São Mateus, uma construção mais moderna, é uma igreja pensada de maneira a ser acolhedora e própria para realização musical, como deve ser. Uma boa acústica nos esperava, além de um público, não tão grande, mas muito acolhedor. Cantamos com os nossos colegas do Coral Odonto Bahia e do Coral São Mateus.

Esta apresentação está presente na memória dos cantores do Coral BDMG como o dia em que Patrícia Cardoso Chaves, nossa solista e preparadora vocal, se mostrou à Europa. Quietinha na hora do vocalise, sorridente como é usual, caladinha e preparada. Uma mineirinha completa. E aí veio o Great Day, de Moses Hogan. Cantou maravilhosamente bem, chegando no ponto culminante (uma nota si 4) sem o menor esforço, apesar de termos tido um dia inteiro de atividades. Os espanhóis, e outros brasileiros, ficaram de boca aberta. É gente!!! Foi difícil trazer esta mulher de volta da Europa. Brava!!!

Após a apresentação, fomos para um salão da paróquia, onde nos ofereceram um lanche maravilhoso, com bom petiscos da terra.






terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Barcelona (5)


Dia 20 de outubro, em Barcelona. O Pueblo Espanhol é um museu ao ar livre, localizado na montanha de Montjuic. Foi construído em 1929, para a Exposição Internacional de Barcelona. Foi neste local que nos apresentamos, junto com outros coros participantes do Cantate. Estávamos preparados, mas um pouco tensos por se tratar de nossa primeira exibição na capital da Catalunha. Claro que cantarmos sob as bênçãos de Montserrat ajudou bastante e lá fomos nós, tendo o nosso amigo Angel como intérprete já que eu não me atreveria a aplicar um portunhol em plena Espanha. Cantamos música brasileira principalmente, o que é o que os europeus sempre querem ouvir. Como eles gostam da nossa música!!!

Após a apresentação, um tempinho para as compras das meninas (indispensável) e um almoço fantástico num restaurante dentro do próprio Pueblo. À tarde, descanso para a apresentação da noite.









segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Barcelona (4)


Após a apresentação em Montserrat, uma pausa para conhecermos a Vinícola Codorniu, famosa pela produção dos espumantes com o mesmo nome. Sim, o final foi com degustação, mas antes um passeio altamente instrutivo sobre a produção da bebida. Muito bom!!!









sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Barcelona (3)


Quando eu era menino cantor em Sete Lagoas aprendíamos por um método muito conhecido no meio manecantorial que o da Escolania de Montserrat. Eu fiquei sabendo, com grande surpresa e felicidade, que seria justamente neste lugar que começaríamos nossas apresentações na Europa.

No século IX, pastores que viviam próximos ao Montserrat, na Catalunha (Espanha), viram luzes descendo céu por 6 sábados seguidos. Curiosos, subiram até o alto do monte e numa cova encontraram uma imagem de Nossa Senhora, a qual se chamaria Nossa Senhora de Montserrat (padroeira da Catalunha). Construíram uma capela e posteriormente monges beneditinos ergueram um mosteiro no alto do monte. A imagem sumiu durante a invasão árabe, e a atual imagem foi talhada depois. Eles a chamam de La Morenita, porque é negra.

Pois naquele dia 19, apresentamos na Igreja atual do mosteiro. Uma apresentação em uma igreja como esta vale uma viagem. Belíssima e cheia de um mistério que não se encontra em todo lugar. Mas, há situações onde o passado nos vem à tona, como foi o caso. Foi no século XIII que o coro dos Meninos Cantores de Montserrat foi criado. A escola funciona como internato para crianças selecionadas a dedo, com idade entre 9 e 14 anos. Lá aprendem a arte do canto e são obrigados a saírem tocando dois instrumentos. É um motivo de orgulho para qualquer família da região ter um filho ingresso nos Cantores de La Morenita. Vê-los cantando foi uma maravilha!!!

Meninos Cantores da Escolania de Montserrat

Todos os dias a igreja fica cheia com pessoas do mundo todo que,
além de visitarem a imagem da Virgem de Montserrat, vão assistir os Meninos Cantores.


Primeira apresentação do Coral BDMG na Europa 2013