Várias foram as cidades
da Estrada Real que nos deixaram uma marca, como um convite a um retorno, pela
receptividade do público e pela ambientação nas igrejas. Várias destas belas
naves/teatros são marcantes porque são lindas, deslumbrantes, guardadas numa
atmosfera que nos remete ao século XVIII e a uma história de fundação do nosso
povo mineiro. Mas, até hoje não tínhamos vivenciado uma igreja que tivesse sido
reformada e que mantivesse sua aura original, sua acústica perfeita e o calor
humano e devocional dos que ali vivem. A Igreja de Ritápolis é, então, marcante
por causa disto. Calorosa em si, acusticamente capaz de nos propiciar um belo
concerto estilo século XVIII, sem arroubos e exageros dinâmicos, e, além disso,
com um público que viveu a música para além de seu valor puramente estético,
mas com um sabor puramente devocional. Talvez ela seja um modelo vivo de que
alterações podem existir, desde que a sua essência, para que foi construída,
não seja maculada.
É por isto, e tão
somente por isto, que um regresso a Ritápolis, para nós, é muito bem vindo.
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